A União Inter-galáctica da Força e da Felicidade
Num certo dia do ano 2050, em Vila Real de Santo António, apareceram uns extraterrestres que tinham como missão raptar os vila-realenses.
Durante a madrugada, quando todos estavam a dormir, uma nave espacial aterrou no rio e devagarinho deslizou sobre a água, sem que ninguém desse por isso. A nave ficou invisível e os polícias não a conseguiram detectar com as suas máquinas.
Os E.T.’s queriam fazer uma invenção gigante: um robot que dominasse todo o Mundo. Para isso precisavam de muitos escravos que os ajudassem a construí-lo.
Longe de tudo aquilo estavam os pescadores e a G.N.R. que, logo pela manhã, chegaram à cidade de barco. Eles eram os únicos habitantes que não tinham adormecido porque não sofreram os efeitos dos pós mágicos.
As pessoas flutuavam pelo ar até à nave dos extraterrestres.
Um pescador disse:
- Olhem, olhem, depressa!
- Para onde? - perguntaram os outros.
O primeiro pescador apontou para o céu e todos ficaram embasbacados com o que viram…
- Mas o que é isto? - disse o primeiro dos pescadores que conseguiu falar.
- São as nossas famílias e os nossos amigos, a flutuar em direcção àquela coisa estranha! - disse outro pescador.
Então pensaram ir pedir ajuda aos polícias, mas quando lá chegaram estes também estavam adormecidos.
- E agora como é que vamos fazer? – perguntou o mais novo dos pescadores.
– Como vamos trazer a nossa família de volta? – perguntou o do meio.
- Como vamos salvá-los ? - perguntou o mais velho - Já que os polícias estão adormecidos, só nos resta a G. N.R. - disse ele.
Quando os três iam à procura da G.N.R. , encontraram os E.T.’s a desmontar os móveis, logo na primeira esquina, e com eles fizeram uma grande pilha de madeira. Os E.T.’s estavam a combinar entre si que iriam precisar de toda a madeira ali existente, para produzir a energia que pusesse o robot em funcionamento. Além de quererem dominar o Mundo, estes E.T.s também queriam destruir a Terra!
Ao entrar na nave, os vila-realenses foram hipnotizados, sendo-lhes colocado um capacete especial. Naquele lugar havia câmaras de vigilância para controlar as entradas e saídas. Lá dentro estava tudo muito organizado como numa fábrica: umas pessoas queimavam madeira e as outras construíam o robot.
Entretanto, na cidade de Vila Real de Santo António, os pescadores esperaram que os E.T. s carregassem toda a pilha de madeira e, sem fazer barulho, cautelosa e silenciosamente, avançaram até ao posto da guarda.
- Nós vimos uns E.T.’s a raptar as pessoas da nossa cidade para uma nave espacial que está pousada no rio! – exclamou o pescador mais velho .
- Nós já sabemos, mas antes de os atacar, porque não sabemos como eles vão reagir, temos de comunicar aos nossos chefes de Faro. E vocês três fiquem aqui, pois é o único lugar onde estão a salvo! - aconselhou o chefe da G.N.R.
Ele comunicou este estranho acontecimento ao seu chefe de Faro e este disse-lhe que iria mandar reforços para ajudar a salvar as pessoas. Entretanto, teriam de eliminar todas as câmaras de vigilância da nave, com as pistolas que tinham silenciadores.
Dentro da nave houve um acidente com o cérebro do robot que caiu e desfez-se em pedacinhos. Enquanto todos os E.T.s estavam a tentar resolver este problema, os guardas chegaram e partiram as câmaras de vigilância. Nesse momento, os capacetes sofreram uma interferência e desactivaram-se.
As pessoas que estavam hipnotizadas começaram a acordar e, ao observar onde estavam metidas, tentaram arranjar um plano para fugir da nave e dos E.T. s. Mas tudo estava trancado e, por mais que dessem com os capacetes contra a porta, ela não se abria. Atraídos pelo barulho, os E.T. s chegaram e lançaram os pozinhos mágicos e puseram todos novamente a dormir. Os E.T. s ficaram muito zangados porque já não tinham quem construísse o robot.
Todos estavam novamente a dormir, mas um dos humanos fingiu que estava sob efeito do tal pó mágico e lembrou-se oportunamente dos amigos da mata: as SANGUESSUGAS! Isso mesmo, as sanguessugas. Afinal, os homens e os animais viviam harmoniosamente há já algum tempo. Não queriam ver a floresta e o planeta destruídos.
Dentro da nave, o vila-realense estava com todas as suas forças a mentalizar e a guiar as sanguessugas até a nave, através de contactos telepáticos. As corajosas aliadas atenderam prontamente ao pedido de socorro.
Fora da nave, a GNR foi surpreendida pela chegada dos reforços de Faro. Todos estavam unidos para resgatar os vila-realenses e expulsar de vez os ET’s.
As sanguessugas deslocavam-se rapidamente e conseguiram chegar até a nave. Eram milhares de sanguessugas. Por serem pequenas, conseguiram penetrar na nave através dos orifícios nela existentes.
Os ET’s foram surpreendidos pelas sanguessugas. Elas atacaram-nos e sugaram-lhes toda a sua força.
Entretanto, preocupados com a falta de notícias, chegaram reforços dos E.T.’s, vindos de outras galáxias porque também tinham interesse na destruição da Terra. Chegaram mesmo a tempo de socorrer os amigos que estavam a ser dominados pelas sanguessugas. O pânico era geral!
As sanguessugas chuparam o sangue aos E.T.'s e retiraram-lhes os poderes e a maldade. Então, os E.T.'s enviaram uma mensagem aos seus amigos para não atacarem o planeta Terra. Afinal eram todos fixes!
Os vila-realenses e os E.T.'s decidiram dar uma grande festa, convidando os seres de várias galáxias, até porque estamos todos no mesmo Universo.
Durante a festa, os humanos e os extraterrestres fizeram um acordo: a partir daquele momento queriam, em conjunto, construir um Mundo melhor. Os extraterrestres passavam a ter um planeta onde viver e, em troca, seriam os guardiães do planeta e procurariam limpar a Terra de toda a poluição; por outro lado, as sanguessugas passavam a curar todas as pessoas que estivessem doentes, mas sobretudo aquelas que estivessem a criar maldade dentro de si .
A partir desta festa formou-se a União Inter-galáctica da Força e da Felicidade!